De volta à normalidade. Quer dizer, quase, porque hoje tem surpresa: o primeiro especial do blog, aproveitando que hoje é feriado E sexta (e dizem que perfeição não existe). E nada mais apropriado pra fechar essa semana, em que dei um brevíssimo giro pelo Britpop, do que fazer um pequeno especial sobre um dos grandes nomes do “estilo”: Blur.
E o texto do especial foi escrito por Felipe Flamba, um rapaz muito criança, e se intitula “Uma abordagem analítica dos elementos idiossincráticos do ambeliboroskel tchukirilowpah da década de 90 na discografia do Blur”. Resumindo, a discografia comentada do Blur, e com um vídeo para cada álbum:
. Leisure --- 2 estrelas
Aqui, o Blur ainda esboçava o que viria a ser sua carreira, absorvendo muitas influências e apontando de modo irregular para alguma consistência nas canções (que, no geral, também, soam até ingênuas, mas acho um charme).
Destaques para: She's so High, Sing e There's no Other Way
. Modern Life is Rubbish --- 3/5 estrelas
Ainda derrapando na questão do foco, da seleção, da essência das canções. A banda parece mais madura, mais consciente de seu estilo e, assim, evita a frequência de deslizes do disco anterior.
Destaques:
Blue Jeans, Chemical World e For Tomorrow
. Parklife --- 5 estrelas
Bem, aqui as composições amadurecem a contento, os músicos idem e a linha musical encontra um eixo consistente.
Nunca encarei o Britpop como um movimento musical pelo fato de os conjuntos assim denominados não seguirem um padrão sonoro, o que lhes inclinaria ao ângulo de uma "frente" de interesses e concepções artísticas em comum. Renovar as aspirações do Pop britânico, re-integrando-as à ambição da busca pela amplitude formal (praticamente extinta com o desgaste dos principais nomes do Post-Punk) e ao fortalecimento genealógico de sua música, foi o grande papel do Britpop nos anos 90. E nesse sentido, nenhuma outra banda que se dispunha a isso conseguiu o êxito atingido pelo Blur em seu álbum mais expressivo.
Destaques: End of a Century, This is a low e Troubled in the Message Centre
. The Great Scape --- 4/5
O belo nível continua, mas sem a mesma inspiração do Parklife (o que não é desmerecimento algum), os temas são os mesmos: alienação, fugas oníricas e espirituosas descrições cotidianas pelas vias do cartoonesco.
Destaques: Contry House, Universal e Charmless Man
. Blur --- 4 estrelas
O Blur flertando com o Indie Rock americano. Disco redondinho.
Destaques: Beetlebum, Country Sad Ballad Man e On Your Own
13 --- 5 estrelas
O mergulho à experimentação sentido no disco anterior se acentua e de modo mais criativo, contando ainda com a força do pé na bunda levado pelo Albarn da Justine Frischmann, que o inspirou a fazer a balada mais linda do Blur (e minha canção favorita).
Destaques: No Distance left to Run (sempre, hehehe), Coffee and Tv e 1992.
Think Tank --- 3 estrelas
Novo vôo musical para os "Estados Unidos", agora contando com a influência mais forte da Black Music (e alguns elementos da World Music). No geral, competente, mas aquém dos melhores trabalhos, que com certeza já proveram imagens melhores.
Destaques: Ambulance, Crazy Beat e Brothers and Sisters.
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3 comentários:
Adorei Crazy beat ao vivo, não conhecia. Infinitamente superior à versão em estúdio.
No Distance Left to Run parece ter sido feita pra fazer a pessoa levitar. Fantástica mesmo. Ótima escolha para representar o álbum.
On Your Own já não figura entre as que muito me agradam, confesso que preferia ver Beetlebum aí.
Em The Universal vc foi fundo, sem tirar nem pôr. Uma das canções mais fantásticas, não só do Blur, mas do Britpop em si.
This is a Low também passa aquel sensação descrita em No Distance Left to Run, porém com um sutil acréscimo de "agressividade". Um álbum maravilhoso mesmo e adorei ele ter sido represntado por ela.
For Tomorrow foi bem colocada também, principalmemte por ela representar o nível, digamos, não tão espetacular, do álbum em si. É um dos que menos ouvi, talvez por isso, não sei, mas é uma canção que tb me agrada.
Putz, eu daria mais estrelas pro Leisure, hehe. Gosto muito dele, inclusive She's so High é maravilhosa, e figura entre as minhas preferidas a banda.
Bem, comentei de trás pra frente, hehe, fui subindo as postagens, mas adorei o especial Blur, quebrando essa tua tortura irritante de colocar apenas um vídeo por dia.
hahahahha, tortura irritante... serei um sádico? Bom saber que o especial foi aprovado, assim outros virão.
Realmente, Beetlebum é melhor, mas é pq esse clipe de On Your Own é legal demais, aí resolvi botar, e a música também é muito boa.
Eu não curto o Leisure, mas de fato She's so High se destaca.
Ah, e ouça mais o Modern Life is Rubbish, lógico que não é um Parklife, mas vale a pena conhecer.
Anotado.
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